JOÃO LOURENÇO DEFENDE INDUSTRIALIZAÇÃO DE ÁFRICA PARA ASSEGURAR FUTURO DO CONTINENTE

O Presidente em exercício da União Africana, João Lourenço, Chefe de Estado angolano disse ser “imperioso” reconhecer que “é indispensável mobilizar-se financiamento inovador”, incluindo fundos de capital de risco capaz de transformar o mercado africano num espaço competitivo, dinâmico e interligado.
Texto: Marcos Filho
Fotografia: DR
João Lourenço, que discursava nesta quarta-feira, 24, na reunião de alto nível sobre a IV Década de Desenvolvimento Industrial de África, realizada à margem da 80.ª Assembleia Geral das Nações Unidas, sublinhou que a industrialização do continente não é apenas uma opção estratégica, mas sim uma condição essencial para assegurar prosperidade, integração regional e soberania económica dos países da região.
Para o Presidente da República, deve ser associado “a tudo isso a capacitação técnica e tecnológica do capital humano, principalmente dos jovens, para que se tornem capazes de assumir a liderança da revolução digital e energética, num contexto em que”, segundo o estadista, “teremos que promover a integração regional efectiva”.
João Lourenço apontou a Agenda 2063, que disse reconhecer “claramente” a industrialização como motor estratégico da transformação africana assente em pilares como a agroindústria, as PME, o sector privado, as cadeias de valor regionais, a economia verde e a produtividade.
“O Programa Abrangente de Desenvolvimento Agrícola de África CAADP, lançado em 2003 e reafirmado em 2014, e o exemplo de como a agricultura, que representa ainda 17% do PIB do continente e garante emprego a cerca de 50% da população da África Subsaariana, deve estar ligada à industrialização”, disse.
Com vista ao alcance doos resultados duradouros nas áreas visadas, o líder da União Africana afirmou ser necessário alinhar este esforço com os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável, de modo a garantir que o progresso económico caminhe de mãos dadas com a justiça social e a preservação ambiental.
“O futuro de África, com mais de 1,4 mil milhões de cidadãos, está assegurado com a industrialização do continente, que é o caminho a ser percorrido para se oferecer empregos dignos à juventude, empoderar as mulheres no centro da produção e da inovação e posicionar o continente no coração da economia do conhecimento e da transição energética”, sustentou o Presidente da República de Angola.
Destacou igualmente a experiência acumulada durante a Primeira e a Segunda Década do Desenvolvimento Industrial para África, respectivamente 1980-1990 e 1993–2002, demonstrou que a industrialização é condição indispensável para a auto-suficiência e a auto-sustentação.
O Presidente em exercício da União Africana entende que a industrialização africana “não é apenas uma opção estratégica, mas sim uma condição essencial para assegurar prosperidade, integração regional e soberania económica dos países do nosso continente que, para ser duradoura”, de acordo com João Lourenço, “deve alinhar-se com os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável, garantindo que o progresso económico caminhe de mãos dadas com a justiça social e a preservação ambiental”.
Para o Presidente da República, o futuro de África, com mais de 1,4 mil milhões de cidadãos, está assegurado com a industrialização do continente, que na sua visão, “é o caminho a ser percorrido para se oferecer empregos dignos à juventude, empoderar as mulheres no centro da produção e da inovação e posicionar o continente no coração da economia do conhecimento e da transição energética”.
“É com esta confiança e com esta determinação que Angola reafirma o seu compromisso em trabalhar lado a lado com a União Africana, com as Nações Unidas, com os bancos de desenvolvimento, com o sector privado e com a sociedade civil, estando empenhada, no concerto das nações africanas, em assumir responsabilidades, criar sinergias e mobilizar recursos que transformem esta visão numa realidade”, finalizou.
Relacionados























