O Presidente da República, João Lourenço, discursou hoje na Assembleia Nacional, onde proferiu a sua mensagem sobre o Estado da Nação, marcando a abertura solene da quarta sessão legislativa da quinta legislatura, tendo destacado os avanços que o País registou no sector da Saúde. 

TEXTO: REDACÇÃO MW PRESS
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No seu pronunciamento, o Chefe de Estado começou por dizer que o mês de Novembro será dedicado à exaltação do percurso histórico de Angola, em celebração dos 50 anos de independência nacional. 

"Para nós, os 50 anos não é apenas um número, é sinônimo de reconhecimento da nossa história de lutas, de eternização do nosso passado glorioso e sinônimo de paz, de perdão e de vontade de nos reerguermos juntos para concretizarmos os nossos sonhos, declarou João Lourenço.

O Presidente da República, que falava sobre o Estado da Nação, reconheceu que o sector da saúde vive um momento diferente, apesar de existirem ainda enormes desafios.

"Hoje, apesar dos múltiplos desafios que ainda persistem, o quadro é bastante diferente, graças aos investimentos que temos vindo a fazer, particularmente nos últimos sete anos. Este período caracterizou-se pela construção, reabilitação e apetrechamento de um grande número de unidades sanitárias, pelo aumento da rede de prestação de serviços de saúde e pelo incremento dos recursos humanos e da oferta formativa no interior e no exterior do país", disse.

Os feitos, de acordo com João Lourenço, foram alcançados numa altura em que se regista maior pressão sobre as finanças públicas, tendo sublinhado que o seu governo sempre priorizou a saúde.

"Graças ao investimento feito, o Serviço Nacional de Saúde conta hoje com 3.355 unidades sanitárias, contra as 320 existentes em 1975, repito. Estão disponíveis 44.222 camas, 1.609 das quais para cuidados intensivos", disse, caracterizando como uma "verdadeira revolução" no cuidado médicos "as pessoas com doença renal, passando o país a contar com 35 instalações de hemodiálise em 12 províncias".

Neste momento, acrescentou João Lourenço, o Estado angolano está a acompanhar 4.762 utentes e a realizar 601.152 sessões de diálise por mês.

João Lourenço falou também da inclusão do sistema financeiro que registrou uma evolução com alcance de 40%. Segundo o Presidente da República, até 2027 a meta será elevada para 65% da população.

"O sistema financeiro é cada vez mais inclusivo, registrando-se uma evolução de quase inexistência para os nacionais em 1975, para uma taxa de bancarização de 21% em 2021 e de 32% em 2024.  O índice de inclusão financeira é hoje estimado em 49% da população, perspectivando-se alcançar uns 65% até 2027. Foram igualmente implementadas reformas estruturais no domínio da organização e regulação do sistema financeiro não bancário, com a criação e a operacionalização do mercado de capitais", destacando-se a criação da Comissão do Mercado de Capitais e da Bolsa de Dívida e Valores da Angola (Bodiva).