CINEASTRA ANGOLANO DEBATEINDEPENDÊNCIA DOS PALOP EM MOÇAMBIQUE

O cineasta angolano Ery Claver, um dos nomes mais destacados da nova geração do cinema africano, participa na terceira edição dos Encontros do Património Audiovisual, que decorre em Maputo de 27 a 31 do corrente mês, integrando o painel “O Papel do Audiovisual nas Independências dos PALOP”.
TEXTO: REDACÇÃO MW PRESS
FOTOGRAFIA. CEDIDA
À imprensa, a organização do evento destacou a presença do realizador angolano, que tem um percurso marcado pela renovação da linguagem cinematográfica no espaço lusófono.
Ery Claver, que iniciou a carreira como operador de câmara em reportagens e documentários televisivos, viria a afirmar-se como director de fotografia no aclamado “Ar Condicionado” de Fradique, colaborando inclusive no guião da obra.
A organização sublinhou que a participação de Claver no painel principal do evento representa “a voz da nova geração de cineastas africanos, capaz de estabelecer um diálogo intergeracional com figuras históricas como o cabo-verdiano Leão Lopes e o guineense Sana na N'Hada”, também confirmados no mesmo debate.
O cineasta angolano, com passagem por festivais de prestígio internacional como o International Film Festival Rotterdam, Festival Internacional de Curtas-Metragens de Clermont-Ferrand, FESPACO e BFI London Film Festival, estreou a sua primeira longa-metragem, “Nossa Senhora da Loja do Chinês”, no 75.º Festival de Locarno, em 2022, consolidando a sua posição no panorama cinematográfico contemporâneo.
A programação do evento, organizado pela Associação dos Amigos do Museu do Cinema em Moçambique (AAMCM), inclui mostras de cinema, exposições, lançamento de livros e debates distribuídos pelo Cine-Teatro Scala, Centro Cultural Franco-Moçambicano e Centro Cultural Português.
Diana Manhiça, da AAMCM, explicou à Lusa que a inclusão de Ery Claver no painel principal “reflecte a importância de cruzar diferentes gerações de criadores audiovisuais dos PALOP, permitindo um debate enriquecido sobre o papel do cinema na construção das memórias das independências”.
O evento, que tem como tema central “O Cinema e as Independências dos PALOP”, inclui ainda a apresentação de livros de investigadoras como Raquel Schefer, Maria do Carmo Piçarra, Rosa Cabecinhas e Michelle Sales, bem como workshops com a cineasta sérvia Mila Turajlic e a brasileira Rosana Miziara.
A iniciativa é financiado pela Fundação Calouste Gulbenkian e apoiado pelo Centro Cultural Franco-Moçambicano (CCFM), pela Embaixada de França, através do programa FEF Création Africa, e pelo Institut Français, através do programa AOCA, e conta com o apoio institucional do Instituto Nacional das Indústrias Culturais e Criativas de Moçambique.
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