"MÉDICOS SEM FRONTEIRAS" SUSPENDEM ACTIVIDADES EM ZONAS INSEGURAS DE MOÇAMBIQUE

A organização sem fins lucrativos Médicos Sem Fronteiras (MSF) suspendeu as actividades que desenvolve em Cabo Delgado, norte de Moçambique, pelo agravamento da instabilidade marcada por reiterados actos de violência contra civis, informa um comunicado citado esta segunda-feira, 29, pela RFI.
Texto: Redacção MW PRESS
Fotografia: DR
Trata-se de uma suspensão temporária por tempo indeterminado, provocada pela degradação das condições de segurança, que levou a referida organização sem fins lucrativos a abdicar das actividades humanitárias que desenvolvia na vila e nas localidades do distrito de Mocimboa da Praia em Cabo Delgado.
A RFI informa que a MSF pede aos actores armados e partes interessadas a protegerem os civis da violência, bem como as instalações médicas e os trabalhadores humanitários que actuam na região onde "centenas de milhares de pessoas necessitam urgentemente de assistência médica e humanitária".
O chefe de operações da MSF em Moçambique, Victor Garcia Leonor, referiu, citado no documento, que a organização mantém-se empenhada em retomar as actividades em Mocímboa da Praia assim que estiverem garantidas as condições de segurança.
De acordo com a RFI, a decisão da organização "Médicos sem fronteiras" chega numa altura em que a presidente da organização "Continuadores de Moçambique", Isaura Nyusi a poucas horas do fim do mandato, lamenta o que está a acontecer.
“Os ataques terroristas perpetrados na província de Cabo Delgado causaram deslocações das populações com impacto negativo na vida das criancas e adolescentes privando-os dos seus direitos e deveres incluindo o de estudar e de cuidados de saúde”, lê-se.
É a segunda vez, só este ano, que a organização Médicos sem fronteiras suspende as suas actividades devido à violência em Cabo Delgado.
Relacionados























